Divulgação científica e notícias de actividades realizadas , no âmbito da Física e da Química,
na Escola Secundária José Saramago - Mafra

18/05/10

Cinquenta anos de Laser

No dia 16 de Maio de 1960 foi posto a funcionar pela primeira vez o primeiro laser, feito de rubi, activado intermitantemente por uma lâmpada de flash.

Este feito deve-se ao Físico Theodore Maiman e ocorreu pela primeira vez no Hughes Research Laboratory, na Califórnia.

A escolha da palavra LASER foi simples: laser é formada pelas iniciais da expressão "Light Amplification by the Stimulated Emission of Radiation", o que numa tradução à letra significa,em português, amplificação da luz por emissão estimulada de radiação.

Logo após a sua invenção o laser tornou-se numa importante ferramenta laboratorial.
Actualmente, o lase faz parte da nossa sociedade, ele está presente desde a transmissão de voz, de imagem e de dados, à topografia, soldadura, leitura de códigos de barras, CDs, DVDs, medicina e holografia.

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Projecto MonIT


No dia 3 de Fevereiro de 2010, pelas dez horas e trinta minutos, decorreu na Casa do Povo de Mafra, a palestra subordinada ao tema “Exposição à Radiação Electromagnética em Comunicações Móveis”, dinamizada pelo Clube da Ciência e realizada no âmbito do Projecto monIT. Assistiram a esta palestra alunos de Física e Química A, do 11º ano, e alunos de Física do 12º ano, acompanhados pelos respectivos professores.
A palestra foi proferida pela Engenheira Mónica Antunes, investigadora do Instituto de Telecomunicações (IT).

O público da palestra


O projecto monIT ((http://monit.it.pt), patrocinado pelos 3 operadores de comunicações móveis Portugueses (Optimus, TMN e Vodafone), está em curso no Instituto de Telecomunicações (IT) / Instituto Superior Técnico (IST) e tem como objectivo disponibilizar publicamente informação relevante sobre radiação electromagnética em comunicações móveis. O IT é uma instituição dedicada à investigação científica de ponta em vários domínios da área de Telecomunicações.

O Projecto engloba várias actividades, nomeadamente acções de Informação em vários locais bem como medida de radiação electromagnética em áreas de acesso público, foi neste âmbito que as investigadoras do IT se deslocaram à nossa escola. Destaca-se também o Concurso a Nível Nacional para Alunos do Ensino Secundário–Prémio monIT(http://monit.it.pt/premio).

Um grupo de alunos do 12º A (Bernardo Castro, Bruno Moeiro, Catarina Gonçalves, Filipe Leal e Leonor Neto), colaborou com o Clube da Ciência nesta actividade, não só ao elaborar um folheto de divulgação da palestra, como também ao acompanhar as investigadoras do IT e a professora que dinamizou a actividade durante a realização das medições da radiação electromagnética. Este grupo de alunos concorreu ao Prémio monlT no âmbito do trabalho que está a realizar em Área de Projecto. O seu interesse pelo estudo das radiações electromagnéticas levou-os a desenvolver um projecto visando a construção de um inibidor de sinal de telemóvel.

Na palestra foram abordados vários assuntos relacionados com as telecomunicações, foi explicado que os telemóveis comunicam com uma Estação Base (antena) através da radiação electromagnética, assim sendo os telemóveis são uma entre muitas fontes de radiação existentes (Sol, linhas de energia eléctrica, telecomunicações, electrodomésticos comandos, solários, Raios X…). Os efeitos da radiação foram também um dos temas abordados (Efeitos Físicos Térmicos, Efeitos Físicos Não-Térmicos, Efeitos Psico-Somáticos).

À pergunta “A radiação faz mal?” as investigadoras responderam que a questão não pode ser colocada desta forma, uma vez que se tem que ter em consideração a quantidade de radiação a que estamos expostos e o tempo de exposição. A questão fundamental é saber quais são os limites de exposição, e não se a radiação faz mal.

Foi ainda referido que não há problemas de instalação de antenas nos telhados pois estas radiam essencialmente na horizontal e as paredes e tectos atenuam bastante a radiação electromagnética. Constata-se, também, que todos os locais medidos estão conforme os limites de segurança, não havendo motivos para preocupação.

A palestra terminou com a distinção entre perigo (objecto ou conjunto de circunstâncias que podem, potencialmente, causar danos na saúde de uma pessoa) e risco (probabilidade de uma pessoa sofrer danos de um dado perigo).”O risco zero” não existe!

No final da palestra efectuaram-se medições da radiação emitida pelos telemóveis de alguns alunos. Mas as medições não ficaram por aqui! As engenheiras Mónica Antunes e Diana Ladeira, do IT, deslocaram-se à Escola Secundária José Saramago e mediram a radiação electromagnética em quatro locais da escola (Junto ao Pavilhão D, no acesso ao campo de jogos; junto ao Pavilhão F; junto as pavilhões C e F e junto aos pavilhões A e C). Para obter as medidas de radiação foi utilizado um equipamento de banda larga, que mede o valor de campo eléctrico resultante da contribuição de praticamente todos os sistemas de comunicação existentes.



Medição da radiação emitida por telemóveis



Posteriormente a escola recebeu um relatório com o resumo dos resultados onde se pode ler a seguinte conclusão: “Os resultados obtidos mostram que os níveis de radiação electromagnética em todos os locais analisados estão abaixo dos limites de exposição estabelecidos para o público em geral, estando todos os valores medidos mais de 8300 vezes abaixo do limite mais restritivo.
O resultado a reter é de que todos os locais analisados na ESJS estão em conformidade com os limites de exposição à radiação electromagnética adoptados em Portugal.”



No que respeita aos níveis de radiação electromagnética na ESJS podemos todos estar descansados!


Engenheiras Diana Ladeira e Mónica Antunes (à esquerda) acompanhadas pelo grupo da ESJS


Às Engenheiras Mónica Antunes e Diana Ladeira os nossos agradecimentos pela simpatia e disponibilidade que sempre manifestaram.